O
verso do homem
* Por Márcio
Juliboni
Menos virtuais. Mais virtuosos.
Assim quereria os homens de meu tempo.
Mais fácil encarar as câmeras do que os
olhos.
Mas os olhos estão fechados.
O homem por trás do homem... Simples?
Sério? Forte?
Como é o verso do homem?
Desse homem que não tem verso; só
prosa?
Que pede para ser lembrado,
mas se esquece...
Quisera não houvesse a primeira pessoa
de vencer
- a não ser no plural.
No singular, os demais conjugamos seu
antônimo.
Os homens de meu tempo,
ao meu tempo pertencem.
Por onde andam?
Todos de mãos dadas...
Todos de mãos dadas...
Não me dispersar?
Ir junto?
Afastemo-nos.
Quero minhas mãos bem lavadas.
*Jornalista, cobre Economia e
Negócios no portal Exame. Trabalhou no serviço de notícias online, “Panorama
Setorial”, do jornal Gazeta Mercantil, na Agência Estado e em várias revistas
segmentadas. Iniciou a carreira na grande imprensa em 2000.
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