terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Do nada


* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral


E assim do nada me deu
um puta nó na garganta.
Tenho flores que não plantei.
Árvores que teimosamente
passaram de mão em mão.
A velha tesoura de poda
sumiu de minha vistas.
Respiro fundo tantas vezes
que a lágrima encruou.
Resgato um pouco da dignidade
que sobra celebrando às borboletas.

* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário


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