terça-feira, 21 de agosto de 2012

Nenhum homem é uma ilha

* Por Evelyne Furtado

Nenhum homem é uma ilha, disse John Donne, poeta inglês do século XVI, em um texto de rara beleza humanitária.

Hoje todos os homens e mulheres têm um pouco de si em uma ilha do Caribe. Lembrando um poeta atual: Porto Príncipe é aqui no meu quarto e aí onde você está.

Impossível não nos comovermos com o que se passa no pequeno país da América Central.

Por que o Haiti? Por que aquela população já sofrida está tendo que vivenciar esse pesadelo?

Não tenho respostas. O mistério é maior que a minha compreensão da vida e diante dele percebo que nada sei e pouco sou.

De tudo que vi até o momento extraio de positivo a visibilidade das ações solidárias. Conforta-me constatar que no mundo há gente que nasceu para servir. É a beleza que brota do caos.

Retornando a John Donne ouso dizer que se hoje os sinos dobram, eles dobram pelo povo haitiano, por você, por nós, por mim.


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Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.

John Donne.

• Poetisas e cronista de Natal/RN

Um comentário:

  1. Não se respeita, não se ama como se deveria amar e respeitar. Ainda assim é bom saber que há quem ame e respeite ao outro. E que tenha pensamentos solidários e humanitários.

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