A pedidos
* Por Flora Figueiredo
Querem um verso,
mas não sou capaz.
Vejo a palavra fraturar
as entrelinhas,
tento soldá-las,
mas não são minhas.
Rompeu-se o verbo
e me deixou pra trás.
* Por Flora Figueiredo
Querem um verso,
mas não sou capaz.
Vejo a palavra fraturar
as entrelinhas,
tento soldá-las,
mas não são minhas.
Rompeu-se o verbo
e me deixou pra trás.
(Do livro “Amor a Céu Aberto”, Editora Nova Fronteira, 1992 - Rio de Janeiro, Brasil)
• Poetisa, cronista e tradutora, autora de “O trem que4 traz a noite”, “Chão de vento”, “Calçada de verão”, “Limão Rosa”, “Amor a céu aberto” e “Florescência”; rima, ritmo e bom-humor são características da sua poesia. Deixa evidente sua intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade e graça - às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre dentro de uma linguagem concisa e simples, plena de sutileza verbal, seus poemas são como um mergulho profundo nas águas da vida.
Tentar soldar as entrelinhas é uma imagem forte, e possivelmente inédita.
ResponderExcluirAs palavras às vezes nos pregam peças.
ResponderExcluirNem sempre nos compreendem.
Seus versos são claros e como os entendo...
Abraços
Que lindo! E pensa que não fez poesia?
ResponderExcluirImagine se fizesse!...