Pátria amada, Brasil!
Por Adriana Thiara
Fico com uma
emoção estranha e prazerosa ao escutar o Hino. Que sentimento é esse que toma conta de todo brasileiro quando o
Hino Nacional toca...? Que sentimento é esse que faz derramar lágrima,
relembrar sonhos e fracassos pátrios...? Que sentimento é esse...?
Civismo!? O
Hino Nacional é diferente... ele faz florescer a emoção, o arrepio, a lágrima,
a liberdade, o patriotismo, a alma brasileira. Como será que isso acontece? Sei
não.
É comum a criança aprender na escola a cantar o Hino. Elas aprendem a cantar
tantos hinos! Mas o Nacional é diferente. Deve ser porque exalta que a nossa
estória é mais bonita e contraditória que a que aprendemos nos livros de
História. Que sentimento é esse que faz lembrar e esquecer; emergir idéias e aflorar
derrotas ao toque de um Hino Nacional?
Tão perfeito em letra e música, texto e contexto, o Hino, comumente executado
incompleto e ávido, faz mais que transpor um paradigma clássico de uma canção,
faz-nos questionar sobre a vida...
Ô, vida! Cheia
de corrupção, fome, doença, pobreza, ignorância, melancolia, vício, perversão,
imoralidade e vergonha, que insiste em querer abafar esse tal sentimento
sentido com tanta força, gozo e desespero... E é apenas um Hino Nacional.
E que Hino
lindo, rico em história de lutas de uma aldeia que sonha ser global; sôfrego em
anseios que insistem em não se realizar; abastado em patrimônio natural,
cultural, imaterial e vivo; sedento pelo futuro brilhante que lhe é prometido.
O tempo passou,
vai passando... Hoje, podemos não mais estar às margens plácidas, mas ainda
somos um povo heróico de brado retumbante. Podemos não ver sol da Liberdade e
seus raios fúlgidos pela coação da violência, mas ele há de brilhar no céu da
Pátria a todo instante. Podemos não lutar belicamente por igualdade, mas
vislumbramos grandes conquistas com braço forte.
Este desejo
continua em nosso peito até a morte, porque os filhos desta Nação não fogem à
luta. Ó Pátria amada, idolatrada, Terra adorada. Será esse o sentimento? Sei
não.
Sei que do seio do brasileiro nasce esse sentimento que não tem nome, mas
contagia um povo ao soar do “paranraram , paranraram, paranraranpam... Pátria
amada, Brasil!”.
*
Jornalista.
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