segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Pátria amada, Brasil!


Por Adriana Thiara


Fico com uma emoção estranha e prazerosa ao escutar o Hino. Que sentimento é esse  que toma conta de todo brasileiro quando o Hino Nacional toca...? Que sentimento é esse que faz derramar lágrima, relembrar sonhos e fracassos pátrios...? Que sentimento é esse...?
Civismo!? O Hino Nacional é diferente... ele faz florescer a emoção, o arrepio, a lágrima, a liberdade, o patriotismo, a alma brasileira. Como será que isso acontece? Sei não.
É comum a criança aprender na escola a cantar o Hino. Elas aprendem a cantar tantos hinos! Mas o Nacional é diferente. Deve ser porque exalta que a nossa estória é mais bonita e contraditória que a que aprendemos nos livros de História. Que sentimento é esse que faz lembrar e esquecer; emergir idéias e aflorar derrotas ao toque de um Hino Nacional?
Tão perfeito em letra e música, texto e contexto, o Hino, comumente executado incompleto e ávido, faz mais que transpor um paradigma clássico de uma canção, faz-nos questionar sobre a vida...
Ô, vida! Cheia de corrupção, fome, doença, pobreza, ignorância, melancolia, vício, perversão, imoralidade e vergonha, que insiste em querer abafar esse tal sentimento sentido com tanta força, gozo e desespero... E é apenas um Hino Nacional.
E que Hino lindo, rico em história de lutas de uma aldeia que sonha ser global; sôfrego em anseios que insistem em não se realizar; abastado em patrimônio natural, cultural, imaterial e vivo; sedento pelo futuro brilhante que lhe é prometido.
O tempo passou, vai passando... Hoje, podemos não mais estar às margens plácidas, mas ainda somos um povo heróico de brado retumbante. Podemos não ver sol da Liberdade e seus raios fúlgidos pela coação da violência, mas ele há de brilhar no céu da Pátria a todo instante. Podemos não lutar belicamente por igualdade, mas vislumbramos grandes conquistas com braço forte.
Este desejo continua em nosso peito até a morte, porque os filhos desta Nação não fogem à luta. Ó Pátria amada, idolatrada, Terra adorada. Será esse o sentimento? Sei não.
Sei que do seio do brasileiro nasce esse sentimento que não tem nome, mas contagia um povo ao soar do “paranraram , paranraram, paranraranpam... Pátria amada, Brasil!”.



* Jornalista.

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