terça-feira, 20 de maio de 2014

As vantagens de ser invisível

* Por Eduardo Oliveira Freire

As Vantagens de ser invisível , do Stephen Chbosky.

Quando assisti ao filme, quis ler o livro. Baixei-o e achei o livro mais interessante, pois o filme suprimiu certas passagens mais pesadas, que foram narradas no livro.

A história pode ser voltada aos adolescentes, mas a busca do autoconhecimento do protagonista Charlie, qualquer adulto ou idoso podem se identificar com ele. Charlie através de suas cartas, que são endereçadas a anônimo, mostra seu crescimento e seu olhar peculiar sobre o cotidiano da escola e familiar.

Inclusive, a questão do pertencimento: " Qual meu lugar no mundo?". Todos nós queremos pertencer a um lugar ou a um grupo. Por isso, o livro tem um valor literário, pois em qualquer época, alguém se identificará com os problemas do personagem.

Outro fato bacana do livro foi que o enredo fez várias pontes com outros romances, proporcionando outras janelas aos leitores. Anotei alguns para minha lista de obras que preciso ler. Essas obras-pontes são importantes para se construir o hábito da leitura, iniciam temas e reflexões. Se eu fosse escritor, gostaria de fazer este tipo de literatura.

Valeu a pena de ler A vantagem de ser invisível, levou-me a refletir ainda mais sobre o mundo em que vivemos. Como se prefere viver na superfície, não se importando com as profundezas do ser.

Até que é interessante ser invisível para podermos ver como as pessoas representam suas máscaras e andam perdidas sem entender o que são realmente. Entretanto, precisa-se encontrar um caminho e se fazer visível, para não ser um fantasma. Charlie encontrou seus verdadeiros amigos e o amor, achou sua essência.

Valeu a pena de ler o livro, apesar de algumas partes chatas e mesmo voltado ao público adolescente. Porque evidencia que não se pode ter preconceito literário.

* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/

Um comentário:

  1. Um tema palpitante e inesgotável, que pode nos levar a todos os caminhos filosóficos. Gostei da ideia, Eduardo.

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