segunda-feira, 19 de maio de 2014

De El Maria

* Por Talis Andrade

Canso do pra sempre.
Canso do persistente.
Canso de lembrar.
Canso de descansar.
Canso de repente.
Canso do sol quente.
Corro, e canso.
Deito e canso.
Descanso e canso.
Canso de fulano, de beltrano.
Vejo sicrano, e canso.
Canso de verdade, de mentira.
Canso de música repetida.
Canso do imitador.
Canso de história.
Danço, canso, transo, canso…
Canso da ilusão.
Canso do sabido.
Canso de bonito, de burrice, de cretino.
Canso de você, e do seu cansaço.
Canso de mim.
Falo e canso.
Cansei

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).



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