terça-feira, 20 de maio de 2014

Corrente pra trás

* Por Rosa Pena

Há uma corrente que torce para que tudo dê errado na Copa do Mundo no Brasil. Não é grande, mas é rumorosa e até tem momentos de glória em que se dá bem no intento de queimar o filme do evento. Talvez o estresse em  2013  levou a essa tomada tardia ( 2010 quando o Brasil disputou para sediar, torceram pra cacete para ganharmos) de consciência que o dinheiro gasto na copa seria mais bem utilizado em hospitais, escolas etc. E o dinheiro gasto no sambódromo que só é usado uma vez por ano? Daria ótimas escolas. E o dinheiro... Os protestos misturaram críticos mascarados e descarados.

Os mascarados pegaram carona e depois de cheirar cocaína, saíram quebrando e botando fogo para roubar grana pro Crack. Os descarados ficaram de longe, noticiando o que não viam e nem ouviam; dando importância aos vagabundos; fingiram dublar o eco dos gritos do povo, enquanto essa galera gritava - mãos ao alto- pra poder assaltar mais,  hostilizar as emissoras, os jornais, as revistas e até as pobres bancas que vendem os papéis marrons. Fato é que um sentimento perverso tomou conta de parte dos brasileiros. Não querem falar de jogo. Querem saber se o país irá funcionar bem e quando e onde será o quebra pau durante a competição, torcendo para que o seu país, que é o nosso país, pague um mico mundial. A intenção é disseminar o medo e o baixo astral.

Ano passado (2013) afirmaram entre outras coisas que estávamos à beira de um enorme apagão. Que não se conseguiria aprontar todos os estádios para a Copa das Confederações. O apagão não veio. Todos os estádios previstos para a Copa das Confederações foram entregues.

Em 2009 e 2010, os nefastos diziam que o Brasil não estava preparado para enfrentar a gripe aviária e a “suína”. Segundo os especialistas em “desgraças”, os brasileiros não tinham competência nem estrutura para lidar com um problema daquele tamanho. Morreriam muitos.  Soa parecido com o discurso de agora?

Resultado: Não houve epidemia de coisa alguma.

Os videntes do pânico não se dão por vencidos. Eles são muito, mas muito chatos mesmo. Quando suas profecias furadas não acontecem, eles trocam de praga. A copa virou as águas de março." É pau, é pedra é o fim do caminho.” E o pior que há muita gente boa que perde seu tempo e sua paciência acreditando no fim  novamente. Mãe Dináh morreu e não disse que o Brasil sairia do mapa com uma bola rolando pelai.

Enquanto isso o Sarney arrebanha o que resta do Maranhão. Mas isso não importa aos arruaceiros do dia a dia. O negócio é brigar sem nem saber por quê. Mas quem está promovendo a aversão pela "copa do mundo é nossa" sabe o por que.

Eu aqui torço e muito. Viva o Brasil. Que ele seja campeão. Hexa em 2014.

* Escritora


Um comentário:

  1. Saudade das boas copas e do prazer que minha mãe tinha em apaixonar-se pelo Brasil, em toda copa, desde 1950, via rádio.

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