sábado, 19 de junho de 2010


Foices

* Por Alex Polari de Alverga

E fosse o vento
como rajada
fio de foice
rente ao horizonte
cortando espigas e auroras.
E fosse fosco
o vidro que nos separasse
da paisagem
assim semeador
vulto impreciso pelas grades
colher o que?
que fímbria de esperança
que migalhas de posteridade
disputar com os ratos?

• Poeta de João Pessoa (PB), autor dos livros de poesias “Inventário de cicatrizes” e “Camarim de prisioneiro” e do romance “A quadratura do ó”.

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