Franciscanismo – Busca da paz interior
* Por Juliano Luís Pereira Sanches
Entre os ideais franciscanos, a oração pela paz ajuda a formar uma egrégora espiritual concentrada na resistência aos valores materialistas do ter, da ambição, da dominação e da escravização. Giovanni Bernardone, Francisco de Assis, usou a coragem para recusar os desejos dos sonhos de se inserir na arte bélica, viver em castelos, sagrar-se cavaleiro, e erguer espadas. Desejos egoístas porque se satisfazem de situações conflitantes, como esperar receber os aplausos dos poderosos e, ao mesmo tempo, negar compaixão ao sofrimento dos pequeninos, excluídos e marginalizados.
Para se distanciar da avareza, do apego e da arrogância, Francisco de Assis trocou os prazeres materialistas por uma paz profunda, chamada de nirvana ou shanti por uma parte da humanidade. Deixou de segurar espadas para segurar cruzes. O franciscanismo enxerga a cruz como veículo e símbolo de transformação, isto é, meio pelo qual Cristo usou para transmutar o materialismo, típico dos fariseus, em uma busca do estado de céu, de luz, de paz e bem.
Francisco de Assis faz as pessoas viverem suas ações sem se apegarem às relações de troca. A proposta põe em reflexão o modo como as pessoas se relacionam com as outras. Para o franciscanismo, os relacionamentos se baseiam no princípio de dar para receber. De outra forma, deve-se amar, com um sentimento ágape, cristão e incondicional, sem se esperar ser amado. Isto é, o sujeito deve amar sem se tornar um ser dependente da consideração e do valor dos outros.
O pensamento franciscano propõe uma resignificação dos focos de existência. A base se constrói no propósito de se fazer instrumento de paz, ao invés de se esperar acender tal veículo nos outros. A convivência amorosa e harmoniosa com os elementos da natureza, enquanto irmãos e próximos, e a capacidade de perceber o sagrado em tudo são algumas das visões de tal pensamento. A reflexão franciscana se fundamenta na compreensão das plantas, dos elementos da natureza, da lua e do sol como expressões do Criador.
* Jornalista, folclorista e poeta de Campinas. Foi repórter de assuntos gerais nos programas Sexta Cultural, Fractal, Jornal da Educativa e Bom Dia Campinas, daRádio Educativa FM 101.9 (www.campinas.sp.gov.br). Atualmente, é apresentador, repórter e produtor do programa de jornalismo educativo Ponto & Vírgula da Rádio Educativa em parceria com a Secretaria de Educação de Campinas. Colaborador do Portal Sorocult (www.sorocult.com), e colunista do Jornalzen (www.jornalzen.com.br), de Campinas.
* Por Juliano Luís Pereira Sanches
Entre os ideais franciscanos, a oração pela paz ajuda a formar uma egrégora espiritual concentrada na resistência aos valores materialistas do ter, da ambição, da dominação e da escravização. Giovanni Bernardone, Francisco de Assis, usou a coragem para recusar os desejos dos sonhos de se inserir na arte bélica, viver em castelos, sagrar-se cavaleiro, e erguer espadas. Desejos egoístas porque se satisfazem de situações conflitantes, como esperar receber os aplausos dos poderosos e, ao mesmo tempo, negar compaixão ao sofrimento dos pequeninos, excluídos e marginalizados.
Para se distanciar da avareza, do apego e da arrogância, Francisco de Assis trocou os prazeres materialistas por uma paz profunda, chamada de nirvana ou shanti por uma parte da humanidade. Deixou de segurar espadas para segurar cruzes. O franciscanismo enxerga a cruz como veículo e símbolo de transformação, isto é, meio pelo qual Cristo usou para transmutar o materialismo, típico dos fariseus, em uma busca do estado de céu, de luz, de paz e bem.
Francisco de Assis faz as pessoas viverem suas ações sem se apegarem às relações de troca. A proposta põe em reflexão o modo como as pessoas se relacionam com as outras. Para o franciscanismo, os relacionamentos se baseiam no princípio de dar para receber. De outra forma, deve-se amar, com um sentimento ágape, cristão e incondicional, sem se esperar ser amado. Isto é, o sujeito deve amar sem se tornar um ser dependente da consideração e do valor dos outros.
O pensamento franciscano propõe uma resignificação dos focos de existência. A base se constrói no propósito de se fazer instrumento de paz, ao invés de se esperar acender tal veículo nos outros. A convivência amorosa e harmoniosa com os elementos da natureza, enquanto irmãos e próximos, e a capacidade de perceber o sagrado em tudo são algumas das visões de tal pensamento. A reflexão franciscana se fundamenta na compreensão das plantas, dos elementos da natureza, da lua e do sol como expressões do Criador.
* Jornalista, folclorista e poeta de Campinas. Foi repórter de assuntos gerais nos programas Sexta Cultural, Fractal, Jornal da Educativa e Bom Dia Campinas, daRádio Educativa FM 101.9 (www.campinas.sp.gov.br). Atualmente, é apresentador, repórter e produtor do programa de jornalismo educativo Ponto & Vírgula da Rádio Educativa em parceria com a Secretaria de Educação de Campinas. Colaborador do Portal Sorocult (www.sorocult.com), e colunista do Jornalzen (www.jornalzen.com.br), de Campinas.
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