Banquete de ideias
A nossa nova casa está engalanada e recebendo diversas visitas, notadamente ao longo desta semana. Inicialmente, foram dois ou três visitantes que, por mera curiosidade, entraram, um tanto ressabiados, na moradia, para saber quem eram os residentes, que lhes pareciam um tanto exóticos. Esse número foi aumentando, aumentando, até atingir algumas dezenas. Todos que nos visitaram, sem exceção, perceberam que eram bem-vindos. Alguns, até, acabaram por se juntar à nossa confraria.
As reações dos visitantes foram as mais diversas, pitorescas e curiosas possíveis. Alguns, impressionaram-se com o cheiro de tinta fresca das paredes recém-pintadas, com o brilho do piso imaculadamente limpo, com as arandelas e lustres dando aspecto feerico à iluminação, com os tapetes e quadros nas paredes etc. Custaram para se ambientar.
Outros, entraram confiantes, como se essa fosse, também, a sua casa, que de fato é. Outros tantos, mais ousados, não fizeram nenhuma cerimônia e tomaram logo assento à mesa, participando, sem necessidade de nenhum convite, do banquete diário de idéias que promovemos e que está sempre franqueado a quem quiser participar.
Somos assim: perdulários no que diz respeito a pensamentos e sentimentos. Esbanjamo-los, cientes do seu efeito multiplicador. Ou seja, eles têm a característica ímpar e miraculosa de se multiplicar à medida que são partilhados. Compreendemos que as idéias, quando guardadas, quando escondidas em geladeiras ou armários, em vez de se conservarem, se deterioram. Criam mofo, envelhecem, perdem o sabor e findam por apodrecer.
Participe, pois, querido leitor, sem o menor constrangimento, deste nosso nababesco banquete diário. Não se preocupe que ninguém irá lhe cobrar nada pela participação. Ela é absolutamente livre e democrática. Se quiser, porém, contribuir, traga suas idéias também, sem receio de que elas possam ser consideradas magras ou sem atratividade. Nunca serão.
Boa leitura.
O Editor.
A nossa nova casa está engalanada e recebendo diversas visitas, notadamente ao longo desta semana. Inicialmente, foram dois ou três visitantes que, por mera curiosidade, entraram, um tanto ressabiados, na moradia, para saber quem eram os residentes, que lhes pareciam um tanto exóticos. Esse número foi aumentando, aumentando, até atingir algumas dezenas. Todos que nos visitaram, sem exceção, perceberam que eram bem-vindos. Alguns, até, acabaram por se juntar à nossa confraria.
As reações dos visitantes foram as mais diversas, pitorescas e curiosas possíveis. Alguns, impressionaram-se com o cheiro de tinta fresca das paredes recém-pintadas, com o brilho do piso imaculadamente limpo, com as arandelas e lustres dando aspecto feerico à iluminação, com os tapetes e quadros nas paredes etc. Custaram para se ambientar.
Outros, entraram confiantes, como se essa fosse, também, a sua casa, que de fato é. Outros tantos, mais ousados, não fizeram nenhuma cerimônia e tomaram logo assento à mesa, participando, sem necessidade de nenhum convite, do banquete diário de idéias que promovemos e que está sempre franqueado a quem quiser participar.
Somos assim: perdulários no que diz respeito a pensamentos e sentimentos. Esbanjamo-los, cientes do seu efeito multiplicador. Ou seja, eles têm a característica ímpar e miraculosa de se multiplicar à medida que são partilhados. Compreendemos que as idéias, quando guardadas, quando escondidas em geladeiras ou armários, em vez de se conservarem, se deterioram. Criam mofo, envelhecem, perdem o sabor e findam por apodrecer.
Participe, pois, querido leitor, sem o menor constrangimento, deste nosso nababesco banquete diário. Não se preocupe que ninguém irá lhe cobrar nada pela participação. Ela é absolutamente livre e democrática. Se quiser, porém, contribuir, traga suas idéias também, sem receio de que elas possam ser consideradas magras ou sem atratividade. Nunca serão.
Boa leitura.
O Editor.
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