sábado, 5 de abril de 2014

Salve Olinda, eternamente linda

* Por Clóvis Campêlo

Sempre te vi e sempre te amei, Olinda!

Sempre me vi atraído por tuas ladeiras íngremes, cobertas de pedras portuguesas!

Sempre adorei olhar as tuas varandas coloniais, onde o passado se debruça para ver o futuro chegar!

Para mim pouca importa o teu título pomposo de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

Sempre te vi altaneira, olhando com desdém para a planície onde o Recife insistiu em se plantar.

Sempre curti os teus hippies fedorentos que insistem em negar a ordem e o progresso.

A ti, ofereço o espanto dos meus olhos, minha imagem cansada, quase sexagenária, que se alimenta do teu ar salitroso.

Oh Olinda, eternamente linda, que bela situação a tua, erguida sobre sete colinas.

Quanta fé me irradia o teu carnaval profano e o silêncio profundo das tuas igrejas centenárias.

A ti, ofereço as minhas mãos calejadas de uma poesia inútil.

A ti, ofereço as cicatrizes das minhas retinas sensibilizadas com a tua eterna beleza.

Salve o verde dos teus mares, o azul dos teus céus, o vermelho do teu sangue libertário.

Salve a ti, Olinda eternamente linda!

* Poeta, jornalista e radialista, blogs:


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