segunda-feira, 19 de março de 2012







Cavalgada

* Por Talis Andrade


Montarei um impetuoso cavalo branco
usarei o que de melhor existe
lavanda inglesa
roupa de mescla
punhal de prata
esporas de aço
para me encontrar
com a minha amada

Montarei um cavalo
capaz de cavalgar
águas profundas
correr rios correr céus
mais veloz que o vento
mais veloz que as flechas
dos arqueiros da morte
emboscados nas trevas
que tenho pressa de chegar

Eu tenho pressa
de me embriagar
de azul
de azul
do azul dos olhos
da minha amada

O batido dos cascos na noite
seja ouvido em todas as ruas
acordando o povo da cidade
acordando a minha amada
dos seus sonhos coloridos sonhos
suspirados de saudade


* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

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