terça-feira, 17 de abril de 2012







A perda que não quero ter

* Por Evelyne Furtado

Quantas perdas hei de ver,
até aprender a perder?
Cada dor nova traz em si
aquela que um dia vivi.

E o peito é esmagado
por pedras, rochas, montanhas,
de acordo com o tamanho
da dor que não quero sentir.

E o medo é tanto,
que troco o verbo
e não arrisco o ter, pois
é menor a dor de quem vê.

• Poetisa e cronista de Natal/RN

2 comentários:

  1. "A perda que não quero ter", porém já computando novas perdas, pois viver é perder. Fingimos que também ganhamos, mas as perdas são as grandes vencedoras.

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  2. Mas, de perda em perda, a gente vai ficando "casca grossa" e consegue digerir com mais facilidade as dores da vida.. Porém, que dá medo, ah, isso dá!

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