terça-feira, 15 de maio de 2012

Soneto derradeiro

* Por João Alexandre Sartorelli

O anjo da morte
Veio em meu leito.
Desde aquela noite
Não durmo direito.

Contou do futuro,
Do meu passado,
O que não procuro:
A dor e o pecado

Não anjo, diabo,
Senti no gracejo,
No verso quebrado,

No sujo desejo.
Já não escapo,
O rio sem leito.

* Analista de Sistemas por profissão e poeta por vocação

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