A dedada proibida
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Jargo era um guerreiro,
considerado como um dos mais fortes e corajosos do reino. Era o líder da guarda do palácio, defendia a
família real com toda lealdade. Morreria para protegê-los. O rei lhe tinha
muita estima e os soldados também. Porém o único que nunca gostou dele era o
conselheiro real. Invejava a influência que o guerreiro tinha com o rei e os
habitantes do reino.
O conselheiro queria
encontrar ou arranjar um mal feito do guerreiro, para depois desmoralizá-lo
perante todos. Procurava algo que incriminasse Jargo, mas não conseguia
encontrar nada.
Até que um dia, um
jovem informante transtornado veio a ele contar o que viu. Disse que vira uma
cena esdrúxula, relacionada com a conduta moral do guerreiro Jargo. Começou a
relatar:
- Segui Jargo até uma casa afastada da cidade.
Ele entrou na casa, fui observar, escondido para ninguém me ver. Lá esperava
uma moça que parecia ser nobre. Conversaram um pouco e depois se beijaram
apaixonadamente. Eles subiram ao andar de cima, esperei que uma luz aparecesse nos
cômodos superiores da casa. Quando acendeu, subi numa árvore que era em frente
ao cômodo em que estavam. Senhor! A cena era grotesca. Lá estava aquele homem
forte, deitado de costa na cama e a moça alisando suas nádegas, penetrando seu
delicado dedo naquele orifício, de onde saem
impurezas do nosso corpo. Ele
gemia e pedia para ela não parar de tocá-lo.
A arma que o
conselheiro queria para destruir o guerreiro estava em suas mãos. Então
arquitetara um plano. O rei era um homem que pregava a pureza da alma aos
cidadãos do reino e não queria no palácio, pessoas com desejos considerados escusos. Falaria com o rei,
arranjaria testemunhas, que seriam os companheiros de luta do guerreiro.
Foi direto ao rei e
relatou tudo. O rei atordoado não acreditou, mas decidiu ver se tinha algum
fundamento na denúncia. Junto com o
invejoso conselheiro organizaram o flagrante.
Era uma noite calorosa,
os dois amantes estavam se amando. Não perceberam que em breve teriam
companhia. Jargo somente percebeu o que acontecia, quando a porta do quartp foi
aberta com violência. Viu os soldados, seus companheiros, o conselheiro e o
rei. No início, todos ficaram perplexos. Porém, momentos depois, todos o
olharam com fúria e sarcasmo. O rei disse que estava enojado com o que vira, decidiu
que os dois amantes deveriam ser punidos. O guerreiro pediu clemência à moça,
mas, o rei não deu. Mandou matá-los.
Os soldados correram na
direção deles, o cavaleiro teve tempo de pegar sua espada. Nu, lutou com seus
oponentes, matando um a um. Pensou: - não posso deixar que a matem.
Ele pulava, dava
cambalhota no ar; subia pelas paredes e lutava maravilhosamente com sua espada.
Enfim, quase eliminou todos que invadiram o quarto.
Mas um soldado o feriu
em seu órgão sexual. Mesmo machucado conseguiu aniquilar todos seus inimigos.
Os únicos que sobraram foram o rei e o conselheiro. Jargo iria poupá-los, porém
o rei ergueu a espada. Ele rapidamente desviou e matou o soberano. O
conselheiro quis fugir, Jargo jogou sua espada na direção dele, perfurando as
suas costas.
A jovem ajudou Jargo no
curativo do machucado, ele ficou triste porque com a ferida poderia ficar
impotente. Ela para consolá-lo disse que existiam outras formas de sentir
prazer. Ao término do curativo, decidiram fugir para um lugar seguro, onde
ninguém os encontraria. A moça era filha
de um conde falido que foi assassinado por não poder honrar suas dívidas; sua
mãe já tinha morrido. Não tinha mais nada que a prendesse naquele lugar, vivia
das migalhas de um padrinho, que sempre a humilhava. A única coisa que possuía
era Jargo, seu amor.
Fugiram para terras
distantes e exóticas. Queriam um lugar calmo, onde pudessem se amar em paz.
* Formado em Ciências Sociais, especialização
em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
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