Artes
* Por
Núbia Araujo Nonato do Amaral
-Judia dela não! Deus
castiga!
Indiferente aos apelos
de minha irmã, amarrei uma linha na pobre da lavadeira e enquanto a bichinha
planava, eu dava corda. Quando enjoava do brinquedo soltava o bicho.
Dormia como um anjo sem
o menor peso na consciência. Podem acreditar, as idéias surgiam do nada, nunca
fui boa estrategista.
Hora do almoço, a
vizinha fritava peixe e simplesmente a idéia veio. Molhei o papel higiênico e
fiz boas pelotas, arremessei-as através de um vão entre o telhado e a parede e
zás! Acertei em cheio. Ouvi os xingamentos da mulher e a sombra impiedosa de
uma vassoura.
Dia de temporal, o
valão virava rio e lá íamos nós em mais uma grande aventura. Resultados da
infeliz incursão, dias e dias de muito chá de chapéu de couro pra curar as
perebas e uma estranha coceira que nos acometeu. Mais alguma coisa? Ah! Sim,
com certeza! Mas deixa pra próxima.
* Poetisa, contista, cronista e colunista do
Literário
Como diria a minha finada mãe: "capeturia pura"! Eu fiz muitas também, e naquele tempo a gente levava algumas palmadas.
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