Presságios
* Por
Dahlia Raviikovitch
Quando o copo cai
um caco dispara,
e um papel escorrega,
e algo mexe ou se move,
e algo se parte em sua estrutura ––
é preciso ficar sempre de guarda.
Agora escrevo e paro
para pensar
quantas folhas de papel entalaram na minha garganta.
Eu, se assim posso dizer, não sou mais eu.
Estou partida, definhando rápido.
Um tremor no ar. Falta um padrão.
Talvez seja eu que caia depressa.
E eu me recuso a acreditar.
Simplesmente me recuso a ver.
* Poetisa
israelense
Nenhum comentário:
Postar um comentário