Corrente pra trás
* Por
Rosa Pena
Há uma corrente que
torce para que tudo dê errado na Copa do Mundo no Brasil. Não é grande, mas é
rumorosa e até tem momentos de glória em que se dá bem no intento de queimar o
filme do evento. Talvez o estresse em
2013 levou a essa tomada tardia (
2010 quando o Brasil disputou para sediar, torceram pra cacete para ganharmos)
de consciência que o dinheiro gasto na copa seria mais bem utilizado em
hospitais, escolas etc. E o dinheiro gasto no sambódromo que só é usado uma vez
por ano? Daria ótimas escolas. E o dinheiro... Os protestos misturaram críticos
mascarados e descarados.
Os mascarados pegaram
carona e depois de cheirar cocaína, saíram quebrando e botando fogo para roubar
grana pro Crack. Os descarados ficaram de longe, noticiando o que não viam e
nem ouviam; dando importância aos vagabundos; fingiram dublar o eco dos gritos
do povo, enquanto essa galera gritava - mãos ao alto- pra poder assaltar
mais, hostilizar as emissoras, os
jornais, as revistas e até as pobres bancas que vendem os papéis marrons. Fato
é que um sentimento perverso tomou conta de parte dos brasileiros. Não querem
falar de jogo. Querem saber se o país irá funcionar bem e quando e onde será o
quebra pau durante a competição, torcendo para que o seu país, que é o nosso
país, pague um mico mundial. A intenção é disseminar o medo e o baixo astral.
Ano passado (2013)
afirmaram entre outras coisas que estávamos à beira de um enorme apagão. Que
não se conseguiria aprontar todos os estádios para a Copa das Confederações. O
apagão não veio. Todos os estádios previstos para a Copa das Confederações
foram entregues.
Em 2009 e 2010, os
nefastos diziam que o Brasil não estava preparado para enfrentar a gripe
aviária e a “suína”. Segundo os especialistas em “desgraças”, os brasileiros
não tinham competência nem estrutura para lidar com um problema daquele
tamanho. Morreriam muitos. Soa parecido
com o discurso de agora?
Resultado: Não houve
epidemia de coisa alguma.
Os videntes do pânico
não se dão por vencidos. Eles são muito, mas muito chatos mesmo. Quando suas
profecias furadas não acontecem, eles trocam de praga. A copa virou as águas de
março." É pau, é pedra é o fim do caminho.” E o pior que há muita gente
boa que perde seu tempo e sua paciência acreditando no fim novamente. Mãe Dináh morreu e não disse que o
Brasil sairia do mapa com uma bola rolando pelai.
Enquanto isso o Sarney
arrebanha o que resta do Maranhão. Mas isso não importa aos arruaceiros do dia
a dia. O negócio é brigar sem nem saber por quê. Mas quem está promovendo a
aversão pela "copa do mundo é nossa" sabe o por que.
Eu aqui torço e muito.
Viva o Brasil. Que ele seja campeão. Hexa em 2014.
* Escritora
Saudade das boas copas e do prazer que minha mãe tinha em apaixonar-se pelo Brasil, em toda copa, desde 1950, via rádio.
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