Horário de Verão
* Por
Flora Figueiredo
Ato de mecânico civismo,
o relógio desperta temporão.
Ele altera o tempo no algarismo,
solidário ao Horário de Verão.
A cada volta que completa,
ele imagina como seria sua vida,
se porventura fosse ainda uma ampulheta.
Poetisa,
cronista, compositora e tradutora, autora de “O trem que traz a noite”, “Chão
de vento”, “Calçada de verão”, “Limão Rosa”, “Amor a céu aberto” e
“Florescência”; rima, ritmo e bom-humor são características da sua poesia.
Deixa evidente sua intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade
e graça - às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre dentro
de uma linguagem concisa e simples, plena de sutileza verbal, seus poemas são
como um mergulho profundo nas águas da vida.
Como eu odeio o Horário de Verão!
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