Quase-quase
* Por
Talis Andrade
Estou cansado
dos alcalóides
supositórios
do sexo comedido
o amor compulsório
o gozo frustrado
na ejaculação precoce
Farto das impotências
da farda das continências
das ordens de serviço
do jornalismo contido
e submisso
Quero ser livre
como um pássaro
que nunca comeu
alpiste em uma mão
Livre como um pássaro
que jamais esteve preso
em um alçapão
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel
em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a
sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife),
“Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados,
entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
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