Francisco Mangabeira e o lirismo trágico de Canudos
* Por
Aleilton Fonseca
Por
que só é profunda e ilimitada
A
noite que há no coração dos homens?
(Francisco
Mangabeira)
O poema Tragédia épica
(Guerra de Canudos), do poeta baiano Francisco Mangabeira, editado pela
primeira vez em 1900, reaparece em 2010, na prestigiosa Coleção Austregésilo de
Athayde da Academia Brasileira de Letras, como uma verdadeira relíquia
literária. Nada justifica ter permanecido essa obra em inexplicável ostracismo
durante tantas décadas. Trata-se de uma obra que, dada a sua singularidade,
ocupa lugar de relevo no ciclo literário de Canudos, em cujo centro impera até
hoje o livro Os sertões, de Euclides da Cunha, publicado em 1902.
O poema de Mangabeira
não é uma simples curiosidade literária. Seus versos narrativos e eloquentes
certamente despertarão o interesse dos leitores e estudiosos contemporâneos,
uma vez que emanam de uma voz lírica, piedosa e indignada, para denunciar o
trágico episódio da história brasileira. O poeta pensou em dedicar o livro à
memória das vítimas ou aos companheiros de expedição, registrando que esta
seria: “uma boa maneira de exprimir a minha repulsa àquele monstruoso pesadelo
da Pátria”. Publicado no calor das reverberações da fatídica campanha militar
de Canudos, seus relatos da guerra, convertidos em vinte cantos marcados por um
lirismo de acento trágico, surpreendem e instigam o leitor a refletir e a fazer
comparações acerca do tema do consagrado livro de Euclides da Cunha e de tantas
outras obras.
O médico Francisco
Cavalcanti Mangabeira nasceu em Salvador, em 8 de fevereiro de 1879, filho de
uma ilustre família baiana, irmão do político e acadêmico da ABL e da Academia
de Letras da Bahia, Octavio Mangabeira, que foi inclusive governador do estado.[1]
Como poeta, Francisco Mangabeira estreou com o livro de poemas simbolistas
Hostiário (Salvador, 1898) ao qual se seguiram Tragédia épica (Salvador, 1900),
Visões de Santa Teresa, em Prosa, (Porto, Portugal, 1896), e, já em edições
póstumas, Últimas poesias (Salvador, 1906) e Poesias (Rio de Janeiro, 1928),
reunindo seus três livros do gênero.
Mangabeira, ainda
estudante da famosa Faculdade de Medicina da Bahia, contava18 anos quando se
alistou como voluntário e seguiu viagem, em 27 de julho de 1897, para prestar
serviços médicos, nas fileiras da Quarta Expedição militar contra Canudos. Após
a penosa jornada da guerra, o poeta retorna a Salvador, em 23 de outubro, e
conclui os seus estudos, diplomando-se em 18 de dezembro do mesmo ano. Três
meses depois seguiu para o Maranhão, para trabalhar como médico na Companhia
Maranhense, daí seguindo para o Amazonas em missão oficial. Fez breve retorno a
Salvador em 1902, voltando ao Norte 4 meses depois, para outra jornada na
selva. Idealista, engaja-se em novas ações patrióticas viajando ao Acre, onde
participa da revolução de Plácido de Castro, que teve o objetivo de incorporar
aquele território ao Brasil. De saúde frágil, acaba contraindo a malária e uma
rara enfermidade de pele. Debilitado pelas doenças, é levado para Manaus em
busca de tratamento. Ao sentir a extrema gravidade de seu estado, resolve
retornar à terra natal. Entretanto, em 27 de janeiro de 1904, o poeta falece, a
bordo do vapor S. Salvador, na rota situada entre Belém e S. Luis, sendo
sepultado no cemitério da capital maranhense.
Ao desaparecer, com
apenas 25 anos de idade, longe dos centros literários, Mangabeira foi imediata
e injustamente esquecido. Sua obra não teve voga suficiente para afirmar seu
nome de forma mais ampla. De fato, ele não poderia tornar-se um simbolista de
referência, porque, embora essencialmente lírico, era de certa forma um poeta
híbrido. Convertido aos protocolos correntes do Simbolismo de então, era ainda
assente aos fortes resquícios românticos, tão caros aos poetas baianos surgidos
após Castro Alves, a grande referência dos novos.
O poeta teve, no entanto, uma boa acolhida por
parte de críticos importantes. Brito Broca[2] registra-o como um dos poetas
simbolistas da revista baiana Nova Cruzada, ao lado de Pedro Kilkerry e Carlos
Chiachio, este último figura de proa do modernismo baiano e mentor da revista
Arco & Flexa (1928/29). De acordo com Raimundo de Menezes, “sua poesia
revela nitidamente influência simbolista”, mais precisamente em Hostiário. Já
em Tragédia épica o acento íntimo é romântico, no tom de um romantismo às vezes
devoto e, sobretudo, social, ao estilo castroalvino, quando se lança a
descrever e a lamentar os sofrimentos dantescos dos soldados e dos canudenses,
em versos retóricos e altissonantes.
O crítico Andrade
Muricy destaca-o no Panorama do movimento simbolista brasileiro[3],
considerando-o, em sua época, “o poeta do Norte de mais alevantado e vigoroso
estro, depois de Castro Alves”. Segundo Muricy, “nenhum dos poetas simbolistas
brasileiros teve existência tão agitada e heróica. Aos 25 anos já vivera
intensa e gloriosamente”, o que faz lembrar a curta e agitada trajetória do
autor de “Vozes d’África” e “Navio negreiro”. Aponta ainda Muricy, nos versos
de Hostiário, a “fulgurante virtuosidade e uma movimentação brilhante,
saudável, um pouco exterior, pouco frequente em nosso simbolismo.” O crítico
destaca alguns poemas memoráveis do autor baiano, confirmando “o mérito desse
notável poeta, de expressão clara, luminosa e viril”.
O historiador e acadêmico
da ABL, Pedro Calmon, registra em sua História da literatura baiana que o poeta
era detentor de “poderoso talento trabalhado por duas profundas emoções
cívicas, a guerra de Canudos, a que assistiu como estudante de medicina, e a
campanha do Acre, seu derradeiro sacrifício”. O historiador destaca ainda a sua
“esplêndida espontaneidade”, que o tornava comparável aos maiores poetas. E
assim conclui Calmon: “Sacudia-lhe o verso uma surpreendente energia, entre
pessimista e heróica, num conjunto impressionante de amargura e força que
lembravam as decepções da juventude tocada pelo infortúnio, das cenas e das
almas do seu convívio, e o destino adverso, com que lutava.[4] Nesse aspecto,
Mangabeira, jovem poeta e acadêmico, de curta e agitada trajetória de vida,
também guarda certa semelhança com Castro Alves, uma forte influência quanto ao
acento retórico de uma poesia afeita à declamação e à tribuna.
Numa avaliação recente,
Massaud Moisés afirma que o poeta baiano “perfilhou o Simbolismo movido por uma
espécie de identificação substancial. Soube, contudo, enriquecer os impulsos de
temperamento com um caráter heróico, que a sua existência testemunha criando
uma poesia vigorosa, de imagens surpreendentes, insólitas, onde repercute o
exemplo baudelairiano e se notam traços antecipadores de Augusto dos Anjos”.
Considera ainda que “a Tragédia épica, sua obra-prima em torno da guerra de
Canudos, parece simbolizar, a partir do título, a dicotomia lírico-épica que
lhe sustentava a cosmovisão.”[5]
Com efeito, são apreciações
críticas muito positivas, que demonstram a necessidade de se fazer emergir a
obra do poeta para que seja avaliada em seu conjunto, de modo a se definir
melhor o seu lugar no panorama geral da poesia brasileira.
Ao engajar-se nas
fileiras do Exército republicano, Francisco Mangabeira marchou para Canudos,
numa missão paradoxal aos objetivos das tropas. Ele tinha consciência dessa
condição, ao registrar, na abertura do seu livro, que o grupo de jovens
voluntários cumpria, segundo suas palavras, uma “missão da Paz, da Caridade e
do Amor”. Ao prestar serviço médico nos hospitais de sangue improvisados,
estava empenhado em salvar vidas e minorar os sofrimentos dos homens grave ou
mortalmente feridos. Como tal, foi um espectador angustiado das batalhas, vendo
de perto a agonia dos moribundos. De longe, era um observador consternado com o
massacre que se abatia sobre o arraial de Belo Monte. Seus poemas incorporam
situações, vivências e sentimentos semelhantes aos que se observam na escrita
de outros autores da época, como Manuel Benício e o próprio Euclides da Cunha.
De olhos sensíveis, eles testemunharam os fatos e reagiram conforme suas
convicções e percepções particulares, mas sempre com a consciência de que
estavam diante de uma grande tragédia.
Em sua missão
voluntária, Mangabeira seguiu sertão adentro, ao lado de seus colegas
acadêmicos de medicina, entre os quais o seu grande amigo Joaquim Pedreira.
Acometido de enfermidades, Pedreira veio a falecer antes do final do conflito,
aos 18 anos de idade. Esse fato marcou profundamente o poeta, motivando-o a
escrever uma espécie de nênia ao amigo, que constitui o canto IX, intitulado
“Dolor”. Pelo mesmo motivo, Mangabeira resolveu iniciar o livro com a “Carta a
um morto”. A carta registra, em tom elegíaco, sua comoção diante da morte de
Joaquim Pedreira, durante aquela “assombrosa epopeia de valor que se desenrolou
no sertão de nossa terra”. O seu enternecimento permeia todo o texto,
acentuando-se, com uma ironia doída, em algumas das passagens em que dialoga
com o amigo desaparecido, lamentando sua má sorte e o rápido esquecimento que
então já recobria a carnificina de Canudos. O poeta declara, irônico e
angustiado: “Se converso com um morto sobre uma desgraça da nossa Pátria, é
porque os vivos parecem não ligar importância a essas futilidades”.
Os vinte cantos que
compõem a Tragédia épica se seguem num movimento de contraponto, em que ora os
soldados ora os sertanejos assomam à ribalta da arena poética, numa espécie de
concerto de vozes e perspectivas díspares, – desiguais, em luta encarniçada –,
mas consoantes, na partitura da trama – como se fossem atores de uma peça
trágica. No poema de abertura,
intitulado “Adeus”, o poeta realça o sentimento e o moral dos soldados, no
momento do embarque para o sertão, quando deixam a cidade, os lares, os amores
e as famílias, despedindo-se “...desta querida terra/ para onde talvez não
voltem nunca mais”. O canto delineia-se como um ritual de despedida, à vista da
luta sangrenta que iam travar contra os canudenses. A exaltação ao heroísmo dos
soldados reverbera nos versos. Eles são vistos de forma idealizada, não como um
exército armado, mas como homens destemidos que desafiam a morte por força do
destino. Afirma o poeta que: Vão em busca da glória ou, então, da sepultura /
Este bando de herois, homens feitos leões”. Trata-se de um lamento perpassado
de langor, pois não é o triunfo, mas sobretudo a morte que os espreita no
sertão inóspito. Na partida, a bandeira, ao tremular: “Parece abençoar os
bravos e ir lançando / Um adeus prolongado à triste multidão”.
Todos os vinte cantos
suscitam interesse para um estudo de composição, pois podem ser analisados como
partes que constituem o poema como um todo, fixando sua unidade de tema e de
tonalidade. Os cantos obedecem a uma lógica narrativa que seleciona os pontos
cruciais do assunto, confrontando posições, circunstâncias, diferenças e
vicissitudes da guerra, ao tempo em que vai revelando os sentimentos e as
angústias dos atores em luta. Há um canto que encerra uma curiosidade, aliás,
revelada pelo próprio Mangabeira, em nota explicativa, ao final do livro.
Trata-se do poema “Assalto à artilharia”, que o poeta define como “uma espécie
de tradução de uma belíssima carta que o Dr. Euclides da Cunha escreveu de
Canudos para o Estado de S. Paulo, onde este meu saudoso amigo derramou tanta
luz em belíssimas e magistrais correspondências, que, publicadas em livro, lhe
garantiriam um triunfo literário”. Dessa forma, Mangabeira já vaticinava a
glória do livro vingador que Euclides lançaria dois anos mais tarde.
Ao longo da Tragédia
épica, a maior focalização recai nos soldados, atores às vezes
individualizados, como se observa nos cantos “Os três oficiais”, “A carta do
soldado” e “A agonia do ferido”, por exemplo. A perspectiva do eu lírico
narrador, como não poderia deixar de ser, traduz um ângulo de visão litorâneo,
ponto de onde Mangabeira parte, engajado na campanha, à retaguarda das fileiras
militares. Por outro lado, o olhar que lança sobre os canudenses é agudo ao
demonstrar as dimensões desumanas da tragédia. Os sertanejos são vistos sempre
como o outro, o adversário “sempre raivoso, impávido e insubmisso”. Eram eles
“aquela gente bruta” que assombra o poeta pela capacidade de resistência e
pelos horrores que sofre e enfrenta a cada ataque das tropas. Assim, o que mais
aproxima o eu lírico dos sertanejos é a compaixão de seu olhar, ao descrever e
lamentar a desgraça de crianças, mulheres e homens cruelmente dizimados pelos
ataques dos soldados.
No canto IV, “A reza”,
o eu lírico realça o contraste entre a paz do reduto, no momento da prece, em
que “casa-se a voz dos sinos à voz das ladainhas”, em face do fogo da
artilharia contra a igreja do arraial. Neste momento, os sertanejos: “Recordam
os cristãos das mais antigas eras / Que, ao fogo sideral de crença verdadeira,
/ Afrontavam com calma os ímpetos das feras / Ou morriam a rir dentro de uma
fogueira”. Nesse diapasão, o canto XII,
“O combate”, descreve os horrores da batalha final, em que dor e morte se
tornam imagens dominantes. O poeta alinha os lances da luta sangrenta e
desigual, em proveito de sua retórica descritiva, cujo efeito é a visão
infernal da crueldade. O termo da luta é um quadro da natureza desolada: “O
combate acabou, quando na imensidade / A lua apareceu triste como a orfandade”.
Seguem-se não menos comiserativos os cantos intitulados “Os prisioneiros”, O
incêndio, “Crianças prisioneiras” e “A caravana maldita”, acentuando o drama
dos sertanejos vencidos, nos seus derradeiros estertores, e, finalmente, como séquito
de prisioneiros que: “Sofrem penas, que só o inferno há de contê-las /
Atravessam o céu, claro como um sorriso, / Era um cortejo louro, / Demandando o
caminho azul do paraíso...”.
Os leitores e
estudiosos acostumaram-se a ler e a sentir a tragédia canudense, encenada às
margens do rio Vaza-Barris, através do admirável estilo euclidiano, com sua
retórica retumbante, sua precisão de detalhes, sua análise incisiva, sua
denúncia mordaz. Os sertões, em sua feição de documento, análise e monumento
literário, ocupa o centro das atenções há mais de um século, deixando à sombra
as demais obras que percorreram, cada qual à sua maneira, as mesmas trilhas
esturricadas do sertão baiano. De fato, ao longo de quase onze décadas, o
tratado euclidiano é o grande marco, em torno do qual continuam emergindo
livros antigos e novos, para orbitar em sua auréola, como partes do grande
arquitexto da Guerra de Canudos, que se compõe e recompõe, a cada texto novo
que se escreve e a cada obra antiga que se reedita.
O livro de Mangabeira
faz parte dessa enciclopédia canudense, ocupando um lugar relevante na coleção
de registros e representações dos dramas pessoais e coletivos, das
circunstâncias e vicissitudes da guerra. No seu poema, manifesta-se a voz
enternecida de um homem que testemunhou a guerra e viveu na pele as motivações
que o levaram a escrever sua denúncia. Sua poesia é vazada numa linguagem
peculiar, viva e acessível, que demonstra seus traços de época e inscreve-se
também como um estilo híbrido, entre o simbolismo da concepção formal e o
desenho retórico dos quadros, de feição romântica. Capta-se na leitura a voz
embargada do jovem poeta marcado pela vida, que empunha a pena para um acerto
de contas com a história na qual se envolveu. Do alto das fileiras do Exército,
o médico Mangabeira não enxergou simplesmente o inimigo a aniquilar, mas teve
mira mais ampla, assinalando uma percepção lírica e agônica da condição humana
dos sertanejos, vistos como sujeitos de uma saga, em defesa da sobrevivência,
em sua espantosa resistência à destruição militar.
Em alguns pontos, a
trajetória de Francisco Mangabeira se assemelha muito à de Euclides da Cunha.
Ambos viveram intensamente o drama de Canudos, pisando no solo ensaguentado dos
sertões baianos. Ali estiveram, em missões diferentes, porém intrínsecas à
guerra. Perplexos, em meio aos tiroteios, um médico e o outro jornalista, ambos
testemunharam diversos lances da tragédia. E logo assumiram o espírito de um
dever social a cumprir, denunciando a guerra como um crime. Idealistas, mais
tarde rumaram para as regiões inóspitas do Norte do país, engajados em ações de
interesse político e social. Ambos caíram gravemente enfermos. E faleceram
precocemente. Mangabeira, em plena juventude, aos 25 anos; Euclides, aos 43
anos, mal transposto o portal da maturidade. Morreram em circunstâncias
diferentes, é certo; mas igualmente trágicas.
De certa maneira,
pode-se considerar que a Tragédia épica representa na poesia aquilo que Os
sertões representam na prosa brasileira. O poeta baiano, tal como Euclides da
Cunha, caracteriza os sertanejos como jagunços ferozes, fanáticos, em situação
de atraso e pobreza. Em contrapartida, também como o ensaísta fluminense, faz
em seu poema elegíaco uma denúncia veemente contra a guerra, que considera
fruto da inépcia do governo republicano, “onde todos, soldados e fanáticos,
foram igualmente vítimas do mais lamentável erro político”.
Francisco Mangabeira
teve o destino dos grandes. Como Gregório de Mattos, cantou sua terra e morreu
longe dela, acometido de febre terçã. Como Castro Alves, extraiu o lirismo das
próprias vivências e feneceu na flor da idade. Como Euclides da Cunha,
percorreu os sertões e o Norte do país em missões de interesse público. Tal
como eles, Mangabeira marcou sua escrita com uma profunda sensibilidade social,
fazendo-a instrumento de ideias, sem com isso perder a grandeza. Como o autor
de Os sertões, horrorizou-se e encantou-se com a epopeia de Canudos, legando à
posteridade um protesto sincero, em vinte cantos líricos que ecoam a forte impressão
de uma experiência real. Que os leitores de hoje, oxalá despojados de incertos
ismos e preconceitos do passado, reabilitem e apreciem sua poesia, devolvendo-a
à luz dos dias atuais.
(Apresentação do livro
Tragédia épica (Guerra de Canudos), de Francisco Mangabeira.
Rio de Janeiro:
Academia Brasileira de Letras, 2010.
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Notas
[1] BRASIL, Assis
(org., int.e no.). A poesia baiana no século XX - Antologia. Rio de Janeiro:
Imago, 1999, p. 41.
[2] BROCA, Brito. A
vida literária no Brasil. 1900. 3.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975.
[3] MURICY, Andrade.
Panorama do movimento simbolista brasileiro. 3.ed. ver e au. São Paulo:
Perspectiva, 1987. p. 769-777.
[4] CALMON, Pedro.
História da literatura baiana. Coleção Documentos Brasileiros, v. 62. São
Paulo: José Olympio, 1949, p.212.
[5] MOISÉS,
Massaud. História da literatura
brasileira. 3 v., vol. II-Realismo e Simbolismo. São Paulo: Cultrix, 2006, p.
307.
* Aleilton Fonseca é
escritor, Doutor em Letras (USP), professor titular pleno da Universidade
Estadual de Feira de Santana, membro da Academia de Letras da Bahia, da UBE-SP
e do PEN Clube do Brasil.
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