Preconceito e espaços públicos
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Há algum tempo, caminho
numa praça e constantemente pessoas colocam despachos de macumba. A praça fica
suja, pois os cachorros reviram tudo.
Não sou contra a
religião e seus praticantes, mas não podiam fazer seus rituais em um lugar
específico?
Está na constituição a
liberdade religiosa, mas até quando a liberdade não interfere no espaço
público? Todos têm o direito de crer e manifestar sua fé, entretanto, como
exercer isso, sem invadir o espaço alheio?
Hoje em dia, somos
invadidos a todo tempo. Quantas vezes fui obrigado a ouvir no ônibus funk ou
música evangélica nas alturas. Nada contra os estilos, todavia não queria ser
obrigado a ouvi-los.
Cada vez mais as
cidades estão mais populosas e se precisa discutir uma ética urbana que torne a
convivência mais tranquila. Porque se cada um praticar o que deseja nas ruas e
praças, a cidade se transformará num caos.
Todos têm liberdade de
acreditar no que quiser, mas precisa ter o bom senso de respeitar os outros que
não compartilham da mesma fé ou gosto.
Principalmente, nos
espaços públicos, onde se precisa de ordem para não existir a barbárie.
* Formado em Ciências Sociais, especialização
em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
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