Terroristas de causas próprias
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Este caso do copiloto
alemão me faz pensar na existência de um terrorista que não é ligado a uma
religião ou a questões políticas, vive em seu próprio mundo e decide
deliberadamente colocar seus planos psicóticos em prática.
Pode ser um caso
isolado, mas, já assisti vários casos, inclusive no Brasil, na escola de
Realengo, a frequência que estes episódios ocorrem ao longo dos anos. Logo, não
acho que é uma ocorrência tão isolada assim.
E não só os
psiquiatras devem estudar este comportamento. As autoridades mundiais e
cientistas sociais precisam analisar os motivos que levam indivíduos a
praticarem atos bárbaros por motivos aparentemente subjetivos e herméticos.
Outra questão: este
tipo de "terrorismo" é muito mais imprevisível do que o ligado às
facções religiosas e políticas que são bem ou mal mapeadas. Mas, estes
terroristas de “causas particulares” são muito mais complicados, pois como se
pode monitorá-los se são muitas vezes cidadãos pacatos e de conduta “exemplar”?
Portanto, vem a
discussão da liberdade e da segurança. Não se pode ser livre se não existir
segurança. Por outro lado, para ter segurança precisa-se se abdicar um pouco da
liberdade.
Este ponto é bem
complexo hoje em dia, porque se se optar exageradamente por mais segurança, não
se tem privacidade e se viverá em uma ditadura. Entretanto, deve-se refletir
sobre a segurança de como é também importante. Sem ela como se pode usufruir
dos direitos básicos do indivíduo como, por exemplo, de ir e vir a qualquer
lugar?
Enfim, estou
preocupado com o rumo do mundo. E com o fato de que no ano que vem terá
Olimpíada aqui no Rio de Janeiro. E a pergunta que não quer sair da minha
cabeça: Será que estamos preparados para este tipo de coisa? Senhor proteja-nos
POR FAVOR.
*
Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante
a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
Lidar com a própria loucura não é uma atividade que dá prazer. Depois de grande sofrimento, a ebulição do caos resultou em despedaçar a si e aos outros.
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