Mundo novo
* Por Pedro J. Bondaczuk
Pra
fugir dos desenganos
e
do tempo, infame e louco,
dos
sofrimentos humanos
que
aniquilam, pouco a pouco,
a
vida do mais incauto,
construí
um mundo novo.
Um
mundo próspero e lauto,
sem
rei, coroa ou povo.
As
ruas não têm esquinas,
as
casas são pequeninas
e
as praças são roseirais.
O
sol não vê seu poente,
o
amor não fica doente
nem
morre ao tempo passar.
Lá
nunca houve tristeza.
O
meu mundo é só beleza,
poesia
e muita emoção.
Criei
um céu com estrelas
de
inefáveis sentimentos,
de
bondade e simpatia.
E
nele gravei um nome,
que
o vento sempre repete
na
copa dos pinheirais.
Gravei
um nome canção...
Um
nome pra repetir
com
carinho e devoção,
pra
sempre, na eternidade:
gravei
teu nome, a sorrir!Hoje
ainda vago a esmo,
pois
na tarde fria se perde
a
saudade de mim mesmo...
(Poema
composto em São Caetano do Sul, em 15 de julho de 1964).
*
Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de
Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do
Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções,
foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no
Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios
políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance
Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas),
“Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da
Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º
aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio
de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53,
página 54. Blog “O Escrevinhador” –
http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
A sua utopia já estava presente.
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