Amantíssimo
* Por
Flora Figueiredo
Aquela
lasca de lua
minguando na noite
como um traço gasto,
é só amostra do que faço,
quando apaixonado.
Suguei-a quase inteirinha,
para saber se ela continha
o doce celebrado pelo poeta.
Empanturrei-me de amor
de lua tanta,
que hoje ela mal brilha e se levanta.
E eu deito, solto a vida e faço dieta.
minguando na noite
como um traço gasto,
é só amostra do que faço,
quando apaixonado.
Suguei-a quase inteirinha,
para saber se ela continha
o doce celebrado pelo poeta.
Empanturrei-me de amor
de lua tanta,
que hoje ela mal brilha e se levanta.
E eu deito, solto a vida e faço dieta.
In Amor a céu aberto, 1992
*
Poetisa,
cronista, compositora e tradutora, autora de “O trem que traz a
noite”, “Chão de vento”, “Calçada de verão”, “Limão
Rosa”, “Amor a céu aberto” e “Florescência”; rima, ritmo
e bom-humor são características da sua poesia. Deixa evidente sua
intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade e graça
- às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre
dentro de uma linguagem concisa e simples, plena de sutileza verbal,
seus poemas são como um mergulho profundo nas águas da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário