A
última palavra
* Por Rodrigo
Ramazzini
Ele: Alô! É o Fernando. E aí Denílson,
beleza? O que manda? Sei! É contra o Santos, né? Vamos sim, qual o horário?
Ela:
Não vai não!
Ele: Só um pouquinho Denílson... O que
você falou Lúcia? Não está vendo que estou no telefone?
Ela:
Eu falei que tu não irás a jogo de futebol nenhum...
Ele: Só um pouquinho Denílson... Por
que não Lúcia?
Ela:
Vocês dois juntos? Sozinhos? Nem pensar!
Ele: Por quê?
Ela:
Como eu realmente vou saber que vocês foram para o estádio?
Ele: Eu tiro uma foto com o meu celular...
Ela:
Uma vez, disseste-me que as mulheres não freqüentam o estádio, e na TV sempre
mostra um monte delas...
Ele: Eu não tenho culpa se eles filmam
a “meia dúzia” de mulheres que vão...
Ela:
Então está afirmando que vai mulher ao estádio?
Ele: Eu nunca disse que não vão, e sim,
que são poucas...
Ela:
Se tu fores ao jogo, eu vou comprar aquela blusinha de R$: 150,00.
Ele: Compra Lúcia, eu pago... Quem vai conosco,
Denílson?
Ela:
Tu não vai ir Fernando!
Ele: Só um pouquinho Denílson... Eu vou
sim!
Ela:
Está bem, pode ir...
Ele: Por que esse “beiço”?
Ela:
Nada.
Ele: Só um pouquinho Denílson... Lúcia!
Tu implicas com tudo que eu faço. É com o meu Futebol, com a minha cervejinha
com os amigos, eu ir ao estádio ver o jogo...
Ela:
Tá! Pode ir...
Ele: O que foi Lúcia? Eu conheço esse
seu olhar...
Ela:
Nada.
Ele: E os ingressos, Denílson? Sei!
Pode ser... Só um pouquinho Denílson... O que você falou Lúcia?
Ela:
Fernando! Se tu fores ao jogo, eu irei ao “point” da nossa cidade, o bar do
Deco, ali perto da prefeitura, conhecer gente, conhecer homens...
Ele: Denílson! Bah! Cara. Pior que não
poderei ir. A Lúcia está lembrando-me aqui, é que tenho o aniversário da minha
afilhada, aí tu sabes como é...
* Jornalista e cronista
É por esta e outras coisas que mulheres bruxas aprontam que se faz uma ideia errônea de todo um gênero.
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