A vindima
* Por
Carmo Vasconcelos
Hoje maduro-branco é o meu desejo
Um vinho a par e tom dos meus cabelos
Néctar descolorido de desvelos
Insípido sem fogos de festejo
Doirada vinha o deu, hoje nevada
Pelo frio das agruras temporais
Mas inda há bagos de imos estivais
Sob esta terra austera ora gelada
Em novo tempo os hás-de vindimar
E os bagos haverão de fermentar
Até que o novo vinho apure a cor
Na espera se aprimora o seu sabor
E em festim haveremos de o beber
Pra não deixarmos de nos bem-querer
*
Poetisa portuguesa
Você entende de vinhos e de versos.
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