Felicidade
*
Por Flora Figueiredo
Se
eu pudesse congelar o tempo,
escolheria este momento,
exatamente agora,
nesta pouca hora
de uma quarta-feira.
O gerânio novo
enfeitando a prateleira,
o riso de criança
brilhando lá fora.
O livro aberto
no lugar certo,
que simplesmente diz:
“ Eu não tenho nada,
mas rouxinóis gorgolejam versos na calçada.”
É assim que se começa a ser feliz.
escolheria este momento,
exatamente agora,
nesta pouca hora
de uma quarta-feira.
O gerânio novo
enfeitando a prateleira,
o riso de criança
brilhando lá fora.
O livro aberto
no lugar certo,
que simplesmente diz:
“ Eu não tenho nada,
mas rouxinóis gorgolejam versos na calçada.”
É assim que se começa a ser feliz.
* Poetisa,
cronista, compositora e tradutora, autora de “O trem que traz a
noite”, “Chão de vento”, “Calçada de verão”, “Limão
Rosa”, “Amor a céu aberto” e “Florescência”; rima, ritmo
e bom-humor são características da sua poesia. Deixa evidente sua
intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade e graça
- às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre
dentro de uma linguagem concisa e simples, plena de sutileza verbal,
seus poemas são como um mergulho profundo nas águas da vida.
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