Etílica
* Por Marleuza Machado
Numa tarde de mimos e poesia,
entre goles de cerveja,
vi transbordar a paixão...
Beijou-me a boca,
e em contraste com o amargo
na língua,
pronunciou palavras doces...
Fez-se desejo;
me fez desejada.
Com o hálito entorpecido,
quebrou o gelo;
ateou fogo
num corpo molhado.
Promessas implícitas, explícitas...
E só.
Na morosidade dos dias,
a paixão vai se dissipando,
qual espuma da cerveja
deixada no copo.
• Poetisa e jornalista
quarta-feira, 4 de julho de 2012
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Ah! A paixão! É tão avassaladora que teima em ir embora. Deixando o gosto sentido, nos sentidos, da nossa existência.
ResponderExcluirBelo poema! Parabéns!
Não deixa dissipar não, Marleuza. Segura aí! Paixão é boa demais!
ResponderExcluirObrigada Edir!
ResponderExcluirQuerida Mara, a paixão, na maioria das vezes, é tão efêmera! Quem sabe haja um segunda chance...
Beijos!