segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mulher malvada


* Por Hélio Bruma
Levou o meu B. B. King,
um vaso de porcelana,
meu livro de Sagarana,
outro disco do Sting;

matou minha samambaia,
botou sabão no aquário,
quebrou a porta do armário,
no vaso, entupiu a saia;

e como se não bastasse
deixou na delegacia
uma queixa, patifaria,
como se eu a maltratasse.

Ah, que mulher desgramada
por quem eu me apaixonei,
o que vi nela não sei
mas gosto da desgramada.



• Poeta

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