* Por Talis Andrade
Pernambuco todas as vezes que se revoltava
lhe cortavam um pedaço de terra
e arcabuzavam os libertários
os corpos enterrados
na Igreja de Santo Antônio
Os nascidos pobres enforcavam
os corpos atirados aos cães
Pernambuco aprendeu a lição
Para conservar o chão
que restava se aquietou
Lavou o sangue que ficou
e nunca mais pensou em revolução
In Balas de Festim, livro inédito
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
Não sabia desse lado macabro da história de Pernambuco. Não se busca liberdade sem se ser vítima de sanguinárias retaliações.
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