Travessia
* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral
Conte-me sobre o teu dia,
te ouvirei atentamente
prendendo a respiração
a cada pausa, para que
não te sintas só.
Mostre-me onde dói,
acariciarei tuas feridas
com o toque suave
de meus lábios, que mais
te parecerá um afago.
Pressinto um aperto
em teu coração, peço-te
que respires fundo e
embora não seja muito,
conta comigo.
A noite nos alcança
estremeces...
te envolvo num abraço
terno, mas se quiseres
estarei contigo pela manhã.
Ciente de que a travessia
é tua.
Guarde-me em tuas lembranças,
somente elas sobrevivem
ao tempo.
* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário
segunda-feira, 2 de julho de 2012
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Que doçura de poema. Angelical e singelo. Conquista e conduz, como uma boa alma levando alguém numa travessia.
ResponderExcluirGenial! Realmente, somente as lembranças sobrevivem ao tempo.
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