Gritos
* Por
Eduardo Oliveira Freire
- Pai, ouço gritos em
você.
- Que isso, filho?
Está com uma imaginação fértil.
- É verdade, pai.
Quanto tempo que não escreve.
- Estou tão sem
tempo...
- Arrume um tempo,
pai. Os gritos que vem de você, não me deixam dormir. Faz uma experiência,
escreva.
- Tá bom.
O homem ligou o
computador, começou a digitar algumas palavras. Com o tempo, a tela branca do
Word transbordou palavras. Ele se
espantou com tantas histórias e personagens que gritavam em sua mente. Atravessou a madrugada.
Ao amanhecer, o filho,
muito contente, foi ao encontro do pai, que ainda escrevia.
- Obrigado pai. Dormi
muito bem.
- Pois é, enquanto eu
vou penar no trabalho, já que não dormi nada. Mas sinto-me em paz. A zoeira que
estava na cabeça passou.
*
Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante
a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
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