Quisera eu
* Por
Celeste Fontana
Quisera Eu
Que esse mar calmo ou em fúria
Limite imposto ao amor
Filete d’água fosse
Para com meio passo as mãos nos darmos
Quisera eu
Que esse infindo céu azul
Que aí de estrelas transborda
Nos abrigasse em intimidade de teto
Quisera eu
Que a lua que aí brilha
Brilhasse em tempo diferente do meu sol
Quisera eu
Madrugadas paralelas, sincrônicas
E nunca e sempre oníricas
Quisera eu agarrar aí
Com a minha boca e dedos
A despedida das estrelas
E com meus olhos negros profundos
Enxergar teu sol e sul
E olhar com os mesmos olhos
Os mesmos rouxinóis que vês em teus jardins
E agora, quero ofertar-te
Ao final deste poema
Em conchas feitas minhas mãos
Toda a essência desse amor
E dizer-te
Que sou a própria consciência
Desta poesia que em mim se faz,
Transborda
E permanece
* Poetisa
Nenhum comentário:
Postar um comentário