Serenidade
* Por
Ana Suzuki
Virei água morna,
que se recusa a ferver
e tampouco a esfriar.
E quero manter-me assim,
sem arrepios de gelo
nem tremores de fervura.
Virei rio de planície,
sem securas na vazante
ou desatinos na enchente.
Já não corro, só deslizo.
Entre lírios e serpentes,
eu deslizo.
In Bodas de Coral
*
Escritora e acadêmica da Academia Campinense de Letras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário