Quotidiano
* Por Evelyne
Furtado
Passa um jogo na TV
As
ruas silenciam
A
menina já foi dormir
Ainda
há mulheres a espera
Hoje
dirigi como uma louca
Infringi
a lei. Mas o celular insistia
E
tinha uma reunião de trabalho
A
mulher leu algo bonito
Acho
que tem um amigo
O
trânsito estava terrível
Mas
deu para ir e voltar
Parada
na livraria,
Perco-me
e acho-me
Entre
livros e autores
Lembro
de gente que gosto
Gostaria
de presentear com livros
Escolho
o meu entre um café e outro..
Sucesso
na reunião ao fim da tarde.
Tomara
que dê certo!
Escrevo
e tenho preguiça de mudar o canal da tv.
Começa
o segundo tempo.
Vivi
um bom dia.
Tomei
gotas de esperança.
Mas
uma lágrima insiste
Em
acariciar o meu rosto.
Tenho
um amigo
Trago
saudade e certa liberdade.
E
Deus está comigo.
* Poetisa e cronista de Natal/RN
A rotina pode aprisionar ou libertar. Aprisiona quando a aparente segurança nos impede de mudar e liberta quando nos ajuda a sonhar.
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