terça-feira, 11 de agosto de 2015

Quotidiano


* Por Evelyne Furtado


Passa um jogo na TV
As ruas silenciam
A menina já foi dormir
Ainda há mulheres a espera
Hoje dirigi como uma louca
Infringi a lei. Mas o celular insistia
E tinha uma reunião de trabalho
A mulher leu algo bonito
Acho que tem um amigo
O trânsito estava terrível
Mas deu para ir e voltar
Parada na livraria,
Perco-me e acho-me
Entre livros e autores
Lembro de gente que gosto
Gostaria de presentear com livros
Escolho o meu entre um café e outro..
Sucesso na reunião ao fim da tarde.
Tomara que dê certo!
Escrevo e tenho preguiça de mudar o canal da tv.
Começa o segundo tempo.
Vivi um bom dia.
Tomei gotas de esperança.
Mas uma lágrima insiste
Em acariciar o meu rosto.
Tenho um amigo
Trago saudade e certa liberdade.
E Deus está comigo.


* Poetisa e cronista de Natal/RN

Um comentário:

  1. A rotina pode aprisionar ou libertar. Aprisiona quando a aparente segurança nos impede de mudar e liberta quando nos ajuda a sonhar.

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