E o presidente Obama?
* Por
Paulo Reims
Verdadeiramente, Obama
se revela dia após dia uma grande decepção para o mundo.
Em 2008, quando foi
eleito ao primeiro posto dos EUA, e consequentemente do mundo, por conta do
imperialismo, muitíssima gente, no mundo inteiro, traumatizada por tanta
violência e guerra, viu nele um ‘messias’ que iria estabelecer uma nova ordem
mundial, baseada na justiça, na paz e na concórdia entre os povos.
Terminadas as festas da
sua posse, ele já se comprometeu, diante dos líderes do Pentágono, a levar
adiante os compromissos militares do seu antecessor, o presidente Bush.Todos os
considerados ‘herois’ nas promoções das guerras, que só levaram sofrimentos,
dores, mortes e destruições no Iraque, Afeganistão, Líbia... tiveram promoções
dentro do seu governo.
E assim o imperialismo
estadunidense continua a disseminar morte e ódio por todo lado, por pura
ganância e megalomania...
Se existe a cultura da
guerra nos EUA, há também, por parte da maioria dos cidadãos desse país, o
repúdio à guerra, pois estão cientes de que entre os seus há muito sofrimento e
dor, também. Há mais mortes por suicídio entre os soldados estadunidenses, do
que mortes nos campos de batalhas. Só no ano passado, 6.500 veteranos de guerra
tiraram a própria vida.
Assim, os que
acalentavam sonhos bons, continuam vivendo no pesadelo, pois aquele que recebeu
o “Prêmio Nobel da paz”, verdadeiro insulto, semanalmente vai vistoriar os
aviões não tripulados, os terroristas dos ares, que matam centenas de pessoas
pelo mundo, consideradas inimigas perigosas para seu país.
Mesmo assim, muitos
líderes ocidentais e outros aliados do imperialismo continuam vendo em Obama o
primeiro presidente negro, eleito para garantir a liberdade e a dignidade dos
povos, independentemente do rastro de sangue deixado pelo seu governo.
O historiador Norman
Pollack escreve: “Temos à frente do país um reformador fracassado e ressentido,
que pratica alegremente o assassinato com sorriso nos lábios”.
Conhecemos pelo wikileaks
que o processo de espionagem dos EUA é muito sofisticado, e que muitos bilhões
de dólares são empregados para ter todas as pessoas e instituições em suas
mãos, na hora que desejar, sem escrúpulos; quanta sordidez! Desta forma
promovem a insegurança e o terrorismo pelo planeta. Quem poderá escapar das
garras da águia? Até a presidente Dilma cancelou sua visita oficial aos EUA, sine
die, por conta desta aberração. Ela aguardava explicações do Obama sobre a
espionagem exercida sobre ela, seus assessores e o povo brasileiro. Certamente
as recebeu, mas não as convenceu...
O medo dos EUA de
perder a hegemonia, exercida de forma violenta, é tão grande que certamente
buscam uma forma de conhecer e espionar até os pensamentos; veem em cada pessoa
um potencial terrorista, um inimigo a ser destruído.
Porém, lideranças
militares dos EUA estão reagindo contra o ‘messias’, que se revela o
anti-cristo. A Editora norte-americana Bob Powell publicou uma informação, no
mínimo, interessante: “Cinco generais do exército estadunidense se reuniram com
Obama e o advertiram de que, se ele ordenar um ataque à Síria, seria preso e
acusado de traição por fornecer ajuda e assistência à organização terrorista Al
Qaeda - associada aos ‘rebeldes’ na Síria - e inimiga declarada dos EUA.
Conforme o jornal
"The Guardian", sob o governo de Obama, muito fraco, a influência do
militarismo é maior do que nunca, dentro do país, e não se descarta um golpe
militar.
Resta-nos saber se
Obama toma decisões pessoais, ou é manipulado pela nata do sionismo
internacional, assim como o é a maioria dos governantes!
E a grande mídia que
insiste em chamar o presidente da Síria de ditador, e que o considera
responsável por lançar armas químicas, quando o mundo inteiro já sabe quem são
os verdadeiros ditadores e quem são os responsáveis pela tragédia provocada
pelas armas químicas?
Faz alguns dias, dois
ganhadores do “Prêmio Nobel da paz”, latino-americanos, Adolfo Pérez Esquivel e
Rigoberta Menchú, juntos escreveram ao presidente Obama, solicitando que ele
busque a paz através do diálogo com o governo sírio.
Há pouco tempo escrevi:
Obama, converte-te, ainda há tempo! Sonha, Obama, com a maioria do povo, para
que um novo mundo, justo e solidário, desponte!
*
Jornalista
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