A longa espera
* Por
Talis Andrade
O doloroso da solidão
este desespero sem espelhos
Este silêncio coxo sem esperança
sem o descanso de um corpo noutro corpo
A cambaleante andança
de emparedado em asfixiante câmara
A vigília o desamparo
na noite derradeira
a velha senhora
apresente sua corrupção
A velha senhora de amargo nome
apareça A cabeça de serpente
de atemorizante fascinum
ou com o medonho semblante
de ensangüentada espada
no formato duma alfanje
O doloroso da solidão
esta vigília este desamparo
A solidão torna longa a noite
A solidão torna escura a noite
A escuridão faz crescer o medo
o medo da escuridão maior
que nos espera lá fora
este desespero sem espelhos
Este silêncio coxo sem esperança
sem o descanso de um corpo noutro corpo
A cambaleante andança
de emparedado em asfixiante câmara
A vigília o desamparo
na noite derradeira
a velha senhora
apresente sua corrupção
A velha senhora de amargo nome
apareça A cabeça de serpente
de atemorizante fascinum
ou com o medonho semblante
de ensangüentada espada
no formato duma alfanje
O doloroso da solidão
esta vigília este desamparo
A solidão torna longa a noite
A solidão torna escura a noite
A escuridão faz crescer o medo
o medo da escuridão maior
que nos espera lá fora
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e
Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes
jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal
do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem
11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem”
(Editora Livro Rápido).
"Solidão, um desespero sem espelhos". Muito bonito!
ResponderExcluir