quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Janelas - Adele Weber


Janelas


* Por Adele Weber

Encostei a testa
no lado seco do vidro molhado.
Olhei.

Solidão fria a vida inteira

às experiências de novas dores.

Tapete velho muda de lugar

mas resiste aos passos descuidados.
Tão banal.

Ainda choro com a chuva

através de qualquer janela.


* Poetisa e arquiteta.


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