quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Essa mulher... - Núbia Araújo Nonato do Amaral


Essa mulher...

* Por Núbia Araújo Nonato do Amaral

Lá vinha ela...ai meu Deus! Efigênia enchia os olhos de qualquer um. Negra linda da cintura de vespa, uma bela bunda e um sorriso safado de quem sabia atiçar. Ela caminhava na direção do rio, ia lavar as roupas das madames. Quando se abaixava podia ver seus seios grandes e rijos, os mamilos salientes provocantes.

Depois de lavar toda a roupa ela se banhava no rio para se refrescar, seu corpo molhado revelava curvas poderosas. Um dia, Efigênia me encarou, quase desmaiei.
- Menino, quantos anos você tem?

Gaguejei tanto que não consegui lhe responder. Ela sorriu dando uma gostosa gargalhada.
- Venha aqui ao anoitecer – e se foi balançando as ancas.

Fiquei ali parado um bom tempo sem acreditar no que havia acontecido. Corri para casa feliz da vida, tomei banho cedo e me perfumei todo. As horas não passavam. À noitinha eu já estava lá esperando impacientemente quando ouvi seus passos e um cheiro forte de canela.

Tremia dos pés à cabeça quando ela se aproximou e cheirou meu pescoço. Sorrindo, conduziu minha mão para dentro de sua blusa, toquei seus mamilos endurecidos quase perdendo a respiração. Efigênia com as mãos dentro de minha calça estimulava meu membro; quando pensei que fosse gozar ela retirou a mão cheirando-a me sorrindo indecentemente.

Pensei que fosse desmaiar quando a vi ajoelhar-se me abocanhando sem aviso prévio. O calor de sua boca me amolecia. Ela reinava absoluta quando meus instintos de macho afloraram e a segurei pelos cabelos conduzindo o frenesi daquele vaivém. Senti meus pés fora do chão e mesmo depois de ter gozado ela continuou, até me refazer.
- Vem meu menino.

Ela me puxou para o chão e se pôs em cima de mim me oferecendo seus seios. Enquanto passava a língua em seus mamilos, ela se mexia feito louca, sem parar, seus olhos estavam fechados, mas o sorriso mostrava que estava gostando. Minha vontade era de mordê-la...

Seu suor pingava em meu rosto, via seus olhos revirando toda vez que gozava. Efigênia aproximou seu rosto do meu e beijou-me na boca demoradamente; abracei seu corpo e a fiz deitar-se, abri suas pernas e senti o gosto do seu sexo, ela tentou me empurrar.

Quando senti seu corpo estremecer de prazer, deliciei-me com o seu gosto de canela. Efigênia, exausta, só sorria.
- Meu menino...meu menino.


* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário.




Nenhum comentário:

Postar um comentário