Paraíso
* Por
Marilena Eckelberg
Estive no paraíso, num
lugar encantado por um dia.
Nesse Lugar, passei a
virada de 2016 para 2017, acompanhada de duas amigas especiais, e esse
despertar de um novo ano ficará marcado em meu coração pelos momentos
fantásticos que compartilhamos, antes e depois da passagem.
Nesse paraíso, que
está localizado o novo lar, da lutadora, sublime e ímpar Urda Alice Klueger, e
com Evanilda Kreuch, pessoa firme, bondosa, respeitosa e com princípios
incomuns nos dias de hoje, ganhei experiência de vida, conhecimento, paz,
fraternidade e muita energia.
No local, vi o campo
(agricultor) se encontrando com o mar (pescador).
Onde existe, o vizinho
agricultor que dá, ou vende a custo irrisório, os alimentos que planta em seu
quintal e o outro que é pescador ou amigo que dá o peixe que recém saiu do mar.
O povo nativo é
simples e sem pressa.
As pessoas que vêm de
fora, em quase sua totalidade, respeitam a comunidade, e trazem sua família
para um dia de paz e alegria junto ao mar sereno e sem ondas.
Soube que o homem com
poder e dinheiro já foi, em algumas ocasiões, impedido de construir seus
impérios imobiliários, com um embargo de sua grande obra de hospedagem e um
prédio condominial obrigado a desconstruir sua carcaça.
Pode modernizar sem
descaracterizar a cultura local.
Onde fui?
O lugar encantado?
O Paraíso?
Enseada de Brito!
Li várias coisas, ao
voltar para casa, com uma necessidade de conhecer mais sobre onde estive.
Fiquei encantada com
as palavras proferidas, em uma reportagem com um morador local.
Copio duas passagens
como demonstração:
“...pescador e
maricultor...” ele resumia com um sorriso encantador; “A Enseada é o melhor
lugar para viver”.
“...observado pelas
gatas Galega, Amorzinho e Menina e pela cadela Pretinha, Peninha escolhe um
livro e senta-se ao lado dos pescadores, à sombra da amendoeira. “Isso é o
verdadeiro luxo”, sorri. A cerca de 40 quilômetros da Capital e a 20 minutos do
Centro de Palhoça, Enseada do Brito não tem agência bancária, açougue ou
farmácia e o posto policial pode ser fechado por falta de efetivo. “Mas, temos
uma ótima padaria, um mercadinho bem sortido, uma igreja acolhedora e o povo
bom demais”, emenda.
Ah!
Amigos, é muito bom
voltar para casa depois de saber que ainda existem lugares assim!
*
Escritora.
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