Linearidade
embaçada
* Por Sayonara
Lino
Nem sempre a vida é do jeito que
gostaríamos, e muitas vezes as situações são opostas ao que desejamos. Como sou
mulher e convivo com tantas outras, em alguns momentos percebo a insatisfação,
um vazio existencial, uma angústia geradora de reflexões, que bem-direcionada
pode culminar em desenvolvimento e amadurecimento, mas se mal administrada
produz um sentimento de inadequação, desejo de abandonar tudo, mudar
radicalmente, mesmo que existam pessoas envolvidas em sua trajetórias, como
filhos pequenos e outros componentes ligados à responsabilidade.
É preciso reinventar-se, adaptar-se sempre que necessário, buscar outras propostas, alternativas, soluções para que as obrigações e as adversidades não corroam o íntimo. A trivialidade, a rotina, a falta de perspectiva representam a morte lenta, a conta-gotas, talvez mais cruel que um solavanco fatal.
Alguns tipos de personalidade resistem
a isso e até apreciam. Mas mulheres questionadoras, reativas e inconformadas perdem
o sossego por conta dessa linearidade embaçada. Definitivamente, uma existência
prosaica não é para todas.
Mulheres intensas precisam de alimento para a alma, algo grandioso que as chacoalhe e as liberte da monotonia, do tédio das horas que não cessam, da inexorável ação do tempo que as devora.
* Jornalista, com especialização em Estudos Literários
pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova
especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição.
Diretora de Jornalismo e redatora da Revista Mista, que é distribuída
em Governador
Valadares , Ipatinga e Juiz de Fora, MG e colunista do portal www.ubaweb.com/revista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário