Sem
pretensão
* Por Núbia
Araújo Nonato do Amaral
Não
tenho um sobrenome
que
me valha.
Ando
de pés no chão.
Na
lida não dou conversa.
Descanso?
Tenho
não.
Com
a paga de meu trabalho
do
suor de um dia inteiro,
mato
a fome dos meninos
e
ainda sobra
um
bocadinho pra
pagar
a pretensão
desse
caboclo matuto
que
enxerga nas rimas
sonhos,
cores, redenção.
Me
permitam aqui
os
senhores
que
eu possa depositar
nessas
mal traçadas linhas
o
meu jeito de falar.
Que
mesmo lutando
e
às vezes sem muita
esperança,
aprendeu que pode sonhar!
Então
comecei a rabiscar.
Senti
meu peito mais leve
respirei com satisfação.
e
apenas o que lhes peço
é
que leiam
essa
poesia
sem pretensão.
* Poetisa, contista, cronista e colunista do
Literário
Leve como o voo de um pássaro.
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