Claro que não!
* Por
Alexandre Vicente
Precisei bloquear um
numero de celular, após o mesmo ter sido roubado. Consegui isso rapidamente
pela central de atendimento da operadora.
Uma semana depois,
comprei um novo aparelho e fui numa loja credenciada para adquirir outro chip e
recuperar o número da linha. Lá fui informado que como o mesmo estava suspenso,
eu deveria ligar pra central para retirar o impedimento. Liguei uma primeira
vez e após ouvir todas as opções de atendimento, inclusive saber que em Alagoas
e Sergipe estão usando mais um digito, fui transferido para a atendente. Essa
me disse que eu só poderia tirar o impedimento se estivesse numa loja Claro.
Fui na loja e liguei
de novo. Ouvi todas as opções de serviço e mais uma vez fiquei a par do novo
digito em Alagoas. Dessa vez a atendente disse que eu teria que ir a uma loja
própria da Claro para efetuar o procedimento. Argumentei sobre o que tinha sido
informado na primeira ligação mas não adiantou.
Como andava ocupado,
pedi a meu filho para ir na loja. Outro dia perdido. Dessa vez o argumento era
de que tinha que ser o próprio dono da linha. O representante ainda ilustrou a
explicação fazendo um paralelo com um automóvel. Algo a ver com “se você tem um
carro, tudo que você precisar fazer no DETRAN, tem que ser feito pelo
proprietário”. A comparação foi infeliz,
pois existem coisas que outro pode fazer pelo dono do veículo.
Assim, tirei uma manhã
para ir ao Norte Shopping numa loja própria da operadora. Fui o primeiro
cliente do dia e a atendente já estava de mau humor. Talvez por ser
segunda-feira. Por algum motivo o sistema estava fora do ar (Não é que a o
paralelo do DETRAN tá pegando na Claro!) e minha opção era ligar para a central
para tirar o impedimento (?!?!). Expliquei que eles não fariam isso, pois eu
havia tentado duas vezes. Ela insistiu e então fiz questão de ligar na frente
dela. O que aconteceu? Após ouvir que em Alagoas tem um novo digito, a tele
atendente pediu meu cpf e tirou o impedimento. Só rindo, né?
A atendente da loja,
que me prestava um grande favor, já que seu trabalho é voluntário ou cumpre
alguma sentença de prestação de serviço (única explicação para tamanho mau
humor) perguntou se o chip que eu queria era micro ou comum. Eu disse o modelo
do aparelho, mas ela não foi capaz de saber qual o tipo de chip e que eu
precisava dizer se era micro ou comum. Como sou brasileiro e consumido pelo problema, chutei dizendo que
era micro. A moça me deu um papel e mandou pagar no caixa.
Pensei mais uma vez e
imaginei chegar em casa com um micro chip sem utilidade, caso o aparelho usasse
o normal. Resolvi ligar e perguntar qual o modelo do chip. Eu estava enganado.
O chip era normal. Voltei para falar com a filantropa arrependida:
— Desculpe. Me
enganei. O chip é normal.
— Não tem problema.
Esse é flex.
Como diz um grande
amigo: ”O problema do Brasil é o brasileiro”.
Chupa essa manga,
filho.
*
Escritor e compositor
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