Refratário ao entendimento
* Por
Pedro J. Bondaczuk
Duro, duríssimo diamante,
refratário ao entendimento,
é o âmago deste instante
que se esvai, veloz, como o vento.
Recursos tenho, tenho vários,
não somente um: tenho sete!
E a ousadia dos corsários
ao navegar na internet.
Pirata, singro os sete mares
na predadora nau Lutécia,
voraz, sob mágicos luares,
como os sete sábios da Grécia.
Busco, tento, no dia-a-dia,
apesar de certa desídia,
chegar à fonte da poesia:
Sou poeta da multimídia!
Não interpreto o cotidiano
e nem os sentimentos gris,
não domino o desejo insano
e não consigo ser feliz.
Tateio no escuro (em vão)
e esmero-me, no meu labor,
para escapar da solidão:
Ainda acredito no amor!
É jogo de cartas marcadas.
São retalhos de fantasias,
impressões estereotipadas,
fantasmas de melhores dias.
Pois o âmago deste instante
que se esvai, veloz, como o vento,
é duríssimo diamante
refratário ao entendimento.
* Jornalista, radialista
e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes
Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular
onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio
Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia”
(ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal”
(contos), “Cronos & Narciso” (crônicas), “Antologia” – maio de 1991 a maio
de 1996. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 49 (edição
comemorativa do 40º aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio
de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53, página 54. Blog “O
Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
Gostei da ousadia. Inovou e criou bem.
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