Duras penas
* Por
Núbia Araújo Nonato do Amaral
Aprendi a duras penas que
o rugir de uma tempestade
dura pouco, que as
ondas
que se elevam sobre o farol,
repousam plácidas
como
pequenas vagas
espumantes
que lambem meus pés.
Aprendi que é no silêncio onde
povoam os mais vis pensamentos,
que o meu mais forte e cruel
oponente
habita, eu mesma.
Que eu me permita ao açoite
das tempestades, ao assédio
incansável das ondas furiosas.
Que eu me permita dobrar-me
humildemente e escutar no
vão das vicissitudes a voz
cúmplice do Criador.
* Poetisa, contista, cronista e colunista do
Literário
O nosso mais forte e cruel oponente somos nós mesmos. Palmas para quem consegue ficar ao seu lado o tempo todo.
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