A menina que roubava livros
* Por
Evelyne Furtado
O livro em foco estava
na lista dos mais vendidos há algum tempo e sempre que eu ía à livraria dava
uma olhada em sua bela capa. O autor de nome estranho, Marcus Zusak e a orelha
do livro me faziam devolvê-lo à estante. Até aí só o título me atraía.
Folheando-o percebi que se tratava de uma menina na Alemanha durante a Segunda
Grande Guerra e sua história era narrada por ninguém menos que a morte. Pronto.
Comprei uns cinco livros antes de comprar A Menina que Roubava Livros. E a
partir daí, não larguei Liesel Memiger, sua família e seus amigos até terminar
a leitura.
O autor, um
australiano,filho de alemães, inova, seduz e emociona o leitor. Amei Liesel
desde o começo da leitura e fui me apaixonando pelos demais personagens à
medida que me adiantava na leitura. Até então havia lido pouco sobre alemães
"normais” - não nazistas- e o livro me deu essa oportunidade.
O amor de Liesel pelos
livros é uma atração à parte. Os livros davam significado à sua vida. Os
personagens são muito interessantes, mas o que mais me impressionou foi à
imaginação do autor, criando A Morte para contar sua história. E a narradora é
dona de uma ternura inimaginável. Essa Morte que encontrou a menina três vezes
não tem nada de má. Ao contrário é uma espécie de redentora e há trechos lindos
no romance. Quando ela recolhe os corpos feridos com um cuidado quase
carinhoso.
O livro é rico em
lirismo, apesar da crueza da guerra e trata com suavidade e suprema beleza os
momentos tristes narrados.
A Menina que Roubava
Livros passou 43 semanas na lista dos livros mais vendidos do New York Times e
seu autor tem apenas 31 anos.
Recomendo, encantada.
*
Poetisa e cronista de Natal/RN
Há pessoas que escrevem com uma maneira tão diferenciada, que sai do gráfico. Lê-los, nos amplia os horizontes de vocabulário e de pensamento. Ler é roubar pensamentos, daí a menina roubava livros.
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