A janela
* Por
Aldo Lins
Deste ângulo vejo os escombros
Onde antes eram castelos
E reinava a fantasia
De minha pequenez
E a solidão e o desconforto das ruas
Violência que converte transfigura
Com suas botas de sete léguas
Ao silêncio de uma cova escura
Da janela, vejo uma naja
Brotando no colo das flores
Desenhos fantásticos surgidos
Nas ruínas do muro de arrimo
Da janela, ouço o grito do sangue dos oprimidos
Onde antes eu ouvia o canto do sabiá
E eu nem sabia como era sábia
A vida de quem chorou
Quando não o encontrou mais a cantar.
*
Poeta
Nenhum comentário:
Postar um comentário